O reconhecimento de que, por si só, o poder público não consegue impedir o avanço da criminalidade, levou a Ascipam a propor uma parceria ao comando da 19ª Companhia Militar de Pará de Minas, na criação de uma força-tarefa capaz de impedir o aumento da violência no município.
O assunto foi debatido na manhã de quinta-feira (09), em reunião realizada na sede da entidade, que contou com a participação de diretores e associados da Ascipam, além do tenente-coronel Joel Rocha e outros representantes da corporação.
A situação de Pará de Minas não chega a ser tão grave como alguns municípios vizinhos, mas é preciso frear a violência antes que ela alcance proporções irremediáveis. E foi pensando nisso que, durante duas horas, empresários e o comando da PM discutiram os problemas e as possíveis soluções.
O pacto que defende maior segurança para a população foi firmado em torno de medidas urgentes e outras propostas que serão implantadas em médio prazo. De imediato ficou definido que, já a partir de hoje, a Polícia Militar estenderá o horário de vigilância nas áreas comerciais, além de tornar as blitz de trânsito mais frequentes, especialmente de motocicletas, pois esse é o meio de transporte mais utilizado pelos criminosos.
Por sua vez a Ascipam vai incentivar o empresariado, especialmente do setor varejista, a criar grupos de WhatsApp facilitando assim a comunicação rápida. A chamada Rede de Comerciantes Protegidos tem funcionado muito bem em Belo Horizonte e vários municípios do interior estão adotando procedimentos semelhantes.
Segundo informou o presidente Carlos Henrique de Souza, a Ascipam também vai buscar outras parcerias no sentido de implantar em Pará de Minas a Guarda Municipal e o sistema de monitoramento eletrônico Olho Vivo.
A entidade também propôs ao comando da 19ª Cia a cessão de funcionários para o setor administrativo da PM, de modo a liberar os policiais para reforço do efetivo nas ruas. O assunto será discutido mais detalhadamente nos próximos dias.
A força tarefa pretende reunir mensalmente as entidades envolvidas na mobilização, onde se pretende avaliar os resultados das ações implantadas e estruturar as próximas. “Seremos incansáveis na busca de segurança para nossos associados”, finalizou o presidente.