Julho | 2015
Jornal da Ascipam
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Herói semhistória
GESTÃO: esta é apalavra- chave
Expediente
Cantode Página
ascipamemdia
PedroMoreira
Carlos Henrique de Souza
E
m velhos tempos, quando
a maior parte de nossas ci-
dades não passavam de pe-
quenos burgos,
os
chamados
“tipos popula-
res” constituíam
uma de suas
principais atra-
ções. Criaturas
de
comporta-
mento excên-
trico, no fundo
eramunspobres
coitados
sem
eira nem beira,
peregrinos
de
ummundo marginalizado, só deles.
Eram vítimas certas da chacota de
alguns, que logo os reconheciam
como protagonistas de bizarras
histórias de humor, expostos que
estavam ao irreverente olhar da po-
pulação.
Naquele tempo, eles povoaram
as ruas das pequenas cidades am-
parados pela caridade pública. Por
todos os lugares, deixaram fortes
lembranças na memória dos que
P
ara que sua empresa
consiga sobreviver em
um mercado cada vez
mais competitivo e alcance o su-
cesso, é preciso
evitar erros de
planejamento e
gerenciamento.
Um dos erros
mais comuns é
a falta de con-
trole adequado
das
finanças.
O empresário
precisa conhe-
cer bem suas
entradas e saí-
das de recursos e em que prazo
elas ocorrem, ou seja, o seu flu-
xo de caixa. Esse instrumento é
importante, por exemplo, para
a empresa saber o quanto de
prazo poderá conceder aos seus
clientes nas vendas ou quanto
tempo precisará para pagar a
seus fornecedores. Uma gestão
equivocada do fluxo de caixa
pode fazer com que a empresa
tenha que recorrer ao sistema
financeiro para adequar seu
capital de giro, elevando seus
custos devido ao pagamento de
juros e outras taxas.
Outro erro comum é não sa-
ber se endividar. Ao buscar
crédito para investimento, por
exemplo, o gestor deve saber
avaliar se o recurso captado vai
PedroMoreira é professor de
Português, revisor, consultor,
autor dos livros“Casos &Coisas
doParáAntigo”,“Cronicontos”
e“OPássaro e aDona&Outros
Textos”, coautor da coletânea
“Pará deMinas, meu amor”.
Carlos Henrique de Souza
Presidente
Jornal daAscipam
é uma publicação da
Associação Empresarial de
Pará deMinas
Ano XX - Número 238
Julho 2015
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Carlos Henrique de Souza
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Diretor Financeiro
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Diretor de Produtos e
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Diretor Comercial/ Expansão
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Diretor de Eventos e
Comunicação
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Diretor Social e Comunitário
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DiretoriaAssistente
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Conselho Fiscal Efetivo
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Asmatérias assinadas são de inteira
responsabilidade de seus autores.
os conhecerammais de perto. Daí
que, até hoje, saltem lá do passa-
do distante algumas dessas figu-
ras folclóricas, inimagináveis nos
cenários urbanos atuais. Por aqui,
emmeio à névoa do tempo, ainda
passeiam os fantasmas de Baia-
no, Rita Pó, Boca de Fogo, Teresa
Sete Saias, Torrãozinho de Açúcar,
o bíblico Ezequiel (um sessentão
corpulento, conhecido popular-
mente como Zé Quiel), Mudinho,
Caldeirão e outras figuraças.
Com o rolar do tempo, cada
uma dessas personagens foi pe-
dindo seu “passaporte” para outra
melhor. Atrás vinham outras figu-
ras, todas portadoras das caracte-
rísticas próprias dos “tipos popu-
lares”.
Um legítimo representante
dessa casta foi Baiano, que co-
nheci na minha infância. Era um
homem moreno de meia-idade,
alto e bojudo, chapéu atolado na
cabeça aloprada, invariavelmen-
te metido num surrado terno de
brim amarelo-claro, arrematado
por ensebada gravata preta. Não
eram, porém, esses os detalhes
que, à primeira vista, mais desper-
tavama atençãode quemcomele
topasse. Chamava, sim, a atenção
oespantoso fatodeBaiano, apesar
de paramentado com terno e gra-
vata, andar de pés no chão...
Não era de muita prosa nem
de estender a mão por qualquer
vintém. As moedas ganhas em
suas andanças davam bem para
os “aperitivos” que antecediam o
prato de comida fornecido pelas
famílias generosas.
Lembro-me de que, numa nu-
blada manhã de domingo, um
colega chegou esbaforido à mi-
nha casa com a notícia: “O Baiano
morreu!”
Daí em diante, desfiou os deta-
lhes: ele morrera na sarjeta da rua
do Batatal (assim conhecida, mais
que Tiradentes), encharcado sob
grossa chuva, ao som dos pavoro-
sos trovões que haviam ribomba-
do amadrugada toda.
À tarde, pessoas de bom cora-
ção fizeramo enterro do Baiano, o
pobre herói semhistória.
lhe permitir gerar receitas aci-
ma dos custos financeiros do
empréstimo. Essa é uma regra
básica; o investimento precisa
ser autossustentável.
É preciso também ter a
consciência de que FATURA-
MENTO é bem diferente de
LUCRO. Esse é outro descuido
comum que pode complicar a
situação da empresa. O fatura-
mento é a receita obtida com
a venda dos produtos ou servi-
ços, enquanto o lucro é o que
sobra para o caixa depois do
pagamento de todos os cus-
tos fixos e variáveis e encargos
financeiros, como produtos,
salários, impostos, gastos com
energia, água, telefonia e juros
de financiamentos. É o LUCRO
que define a capacidade de
investimento/endividamento
da empresa e não o FATURA-
MENTO.
Outro cuidado que se deve
ter é com a tributação. A em-
presa precisa avaliar qual é o
melhor regime de tributação
(Supersimples, Lucro Presumi-
do ou Lucro Real por exemplo)
para não pagar mais impostos
sem necessidade.
Evitar erros e ter um bom
plano de negócios são premis-
sas indispensáveis para fazer
sua empresa crescer. O plano
de negócios deve trazer a di-
mensão do mercado principal
(como número de clientes em
potencial e raio de atuação da
empresa); equipe de funcioná-
rios; produtos e serviços; in-
vestimentos necessários; cus-
tos fixos mensais; faturamento
esperado; margem de contri-
buição e o que mais puder ser
mensurado.
O sucesso de uma empresa
depende de um foco de atua-
ção bem definido no mercado.
O empresário deve conhecer
os seus clientes e atender às
necessidades deles, ter a exa-
ta noção que tipo de produto
e serviço precisa oferecer para
ter competitividade, saber pre-
cificar corretamente os seus
produtos, sempre observando
os valores dos concorrentes e
estar sempre inovando com
o objetivo de apresentar dife-
renciais ao mercado. Uma vez
que o cliente seja conquis-
tado, é preciso se preocupar
com a fidelização do mesmo.
A preocupação com o plane-
jamento, mercado e finanças
forma a base que garante o
crescimento do negócio.
Planeje-se. Estabeleça me-
tas para os resultados, como
crescimento de vendas, fa-
turamento, lucro... não perca
seus objetivos de vista.
Sucesso a todos!!!!