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Setembro | 2016

Jornal da Ascipam

www.ascipam.com.br

2

Opaís nãopodeesperar...

Expediente

ascipamemdia

Carlos Henrique de Souza

Cerca de 130 pessoas, lota-

ram o Salão Multiuso da As-

cipam, no último dia 23 de

agosto, para o“Café com Ideias”,

projeto promovido periodica-

mente pela entidade com vistas

às discussões empresariais. Des-

sa vez o foco foi o agronegócio,

sob a ótica de seus desafios e

perspectivas, tendo como pa-

lestrante Roberto Simões, presi-

dente da FAEMG.

Com grande conhecimen-

to de causa, já que é uma das

maiores lideranças do setor em

Minas Gerais, ele elencou as vá-

rias faces do agronegócio nacio-

nal que já representa 42%

da riqueza do país

e,

dependendo

da região, gera

até 30% dos

empregos.

No entan-

to,

mes-

mo com

tanta en-

v e r g a d u -

ra, o setor

c o n t i n u a

enfrentando os

dissabores naturais

da falta de uma

política consistente. Simões

apontou a grande deficiência

na infraestrutura e pediu mais

segurança pública, afirmando

que o homem do campo não

aguenta mais viver à mercê dos

bandidos.

Ao falar da questão ambien-

tal foi incisivo, defendendo a

simplificação dos procedimen-

tos da atividade, entre os quais

os licenciamentos. “Existe um

gargalo enorme causado pelas

dificuldades ambientais. Elas

atrasam todas as decisões, nos

colocando em situação difícil. O

produtor rural quer andar den-

tro da lei e, na maioria das vezes,

quando faz o contrário é porque

o próprio governo dificultou o

entendimento”, declarou.

Simões também lamentou a

ausência do Fundo de Defesa

Sanitária em Minas Gerais, na

contramão dos estados mais

avançados. E reiterou a neces-

sidade do país implantar uma

política agrícola de longo prazo

(5-6 anos) ao contrário de hoje,

em que os produtores só traba-

lham com o Plano Safra de um

ano.

Ainda com todos esses garga-

los o cenário do agronegócio é

altamente promissor, já que o

Brasil é um dos maiores produ-

tores de alimentos do mundo e

o planeta tem nove bilhões de

pessoas precisando consumir.

Sustentado emprojeções doMi-

nistério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento, o palestrante

afirmou que o agronegócio na-

cional vai crescer em torno de

30% nos próximos dez anos,

chegando a 250 bilhões de to-

neladas de grãos. Os caminhos

também apontam para a diver-

sificação de alimentos, a partir

dos novos hábitos alimentares,

e isso significa mais riquezas

para o país. Mas, por enquanto,

as vedetes continuam sendo as

carnes (frango, suíno e bovino),

além das frutas, soja, milho e

algodão.

Jornal daAscipam

é uma publicação da

Associação Empresarial de

Pará deMinas

Ano XX - Número 249

Setembro 2016

Presidente

Carlos Henrique de Souza

Vice-Presidente

Sandra Araújo

Diretor Administrativo

Evandro de Oliveira Silva

Diretor Financeiro

Eduardo de Almeida Leite

Diretor de Produtos e

Serviços

Sérgio RaimundoMarinho

Diretor Comercial/ Expansão

CláudioMárcio deMoura Cabral

Diretor de Eventos e

Comunicação

Paulo AugustoTeixeira Duarte

Diretor Social e Comunitário

Ênio Fonseca Amaral

DiretoriaAssistente

AlexandreMachado de Oliveira

Daniel Chaves Peixoto

Giovanni Rodrigo Diniz

José Dimar Mendes

Maria Cristina Aparecida de Almeida

NilsonMendes dos Santos

Silvana Aparecida Ferreira Araújo

Conselho Fiscal Efetivo

Mário Augusto Silveira Pinhão

Márcia Cecília de Araújo

Ronaldo Pinto CoelhoMendes

Suplentes Conselho Fiscal

HaroldoM. Faria Pinto

José Fernandes Guimarães

Milton Henriques Guimarães

Diagramação

Publique

producao@publiqueweb.com.br

(37) 3231-3400

Redação

Publique

Rua BeneditoValadares, 478, sl 104

Centro - Pará deMinas -MG

Fone (37) 3231-3400

Asmatérias assinadas são de inteira

responsabilidade de seus autores.

Com o fim do processo de

impeachment da presiden-

te Dilma, o setor produtivo e

os investidores esperam que

o governo Temer intervenha

na economia, com medidas

objetivas para tirar o país do

atoleiro em que se encontra.

O ajuste fiscal é fundamental

para induzir a queda dos juros.

Para os 12 milhões de bra-

sileiros desempregados, a tí-

mida reação da indústria e de

outros setores, verificada nas

últimas semanas, está longe

do que se espera. Assim como

os empresários, eles têm pres-

sa na concretização das medi-

das do governo Temer e sua

equipe econômica, coman-

dada por Henrique Meireles,

na grande expectativa de que

consigam promover um am-

biente favorável à recupera-

ção econômica.

Esperam assertividade e ri-

gor no controle dos gastos

governamentais, para que o

governo seja capaz de compor

uma base de sustentação no

congresso que leve à aprova-

ção das reformas necessárias.

De 2013 até agora, o Produto

Interno Bruto (PIB) caiu 6,8%,

enquanto o poder de compra

do consumidor retraiu 15,7%.

Sem consumo, a capacidade

ociosa da indústria aumenta,

o comércio enfraquece e o

país não consegue sair desse

círculo vicioso.

Elevar impostos é remédio

contraindicado para sanar as

dificuldades financeiras do

poder público. Há muita gor-

dura a ser cortada, começan-

do pelas mordomias patro-

cinadas pelo poder público

em todos os níveis de poder.

Benesses não podem e nem

devem ser moeda de troca

para a conquista de aliados.

Se à maioria da população

estão sendo impostos sacrifí-

cios, que eles sejam distribuí-

dos com equidade a todos os

segmentos, inclusive, entre os

integrantes do setor público.

Carlos Henrique de Souza

Carlos Henrique de Souza,

presidente daAscipam

Presidente da FAEMG faz palestra no“Café com Ideias”,

mostrando desafios e perspectivas do agronegócio

Mesmo com tamanha representatividade, o agronegócio nacional ainda tem

muitos obstáculos pela frente a fim de alavancar as exportações