Fevereiro 2015
Jornal da Ascipam
www.ascipam.com.br2
Canalha, comcerteza...
OBrasil quedesejamos nãopodeficar
apenas nos nossos sonhos
EXPEDIENTE
CANTODE PÁGINA
OPINIÃO
PedroMoreira
Carlos Henrique de Souza
V
ocê tem o hábito de xin-
gar seus desafetos, mes-
momentalmente?
Vou-lhe, então, sugerir uma pas-
sada de olhos na lista abaixo, uma
generosa coleção de adjetivos
prontos para seremusados nas
horas certas e
incertas de sú-
bita raiva, des-
prezo ou sim-
ples desabafo.
Nada de pala-
vrão, que istoé
coisa de gente
menos educa-
da.
Só para ilus-
trar, aí vão
alguns modelos: beócio, exco-
mungado, boçal, pilantra, coió, es-
túpido, falastrão, cafajeste, trapa-
ceiro, crápula, cretino, sambanga,
canalha, calhorda, cínico, panaca,
bocó, pulha, safado, idiota, biltre,
patife, “pustema”, obtuso, cara de
pau, imbecil, casca-grossa, petu-
lante, bilontra, aloprado, sirigaita,
muquirana, tapado, paspalhão,
purgante...
Haja adrenalina!
***
“Purgante”, todo omundo sabe, é
O
arrocho financeiro im-
posto ao empresariado
nacional e, por conse-
quência,
aos
consumidores
está tirando das
pessoasodese-
jo de viver ple-
namente o ano
de 2015. Desde
janeiro, o custo
de vida vem
sofrendo varia-
ções elevadíssi-
mas, forçando
planejamentos
apertados no orçamento familiar e
minguando o poder de compra do
trabalhador.
Se não bastasse isso a carga tri-
butária continua sufocando os
empreendedores, reduzindo ainda
mais a capacidade de geração de
empregos nesse momento que
os especialistas consideram cru-
cial para a economia brasileira. E aí
vêm os novos escândalos políticos,
recheados de uma corrupção de-
senfreada que deixa a sociedade
PedroMoreira é professor de
Português, revisor, consultor,
autor dos livros“Casos &Coisas
doParáAntigo”,“Cronicontos”
e“OPássaro e aDona&Outros
Textos”, coautor da coletânea
“Pará deMinas, meu amor”.
Carlos Henrique de Souza
Presidente daAscipam
aquele repelente produto líqui-
do destinado a fazer
umarrastão
nos intestinos emdesarranjo.
Foi o caso que, certa vez, o an-
tigodeputadoCarlos
Lacerda, no
auge de um debate na Câmara
Federal, foi tachado de “purgan-
te”por umadversário:
– Sr. Lacerda, o senhor não
passa de umpurgante! Ninguém
o tolera!
Resposta do espirituosíssimo
parlamentar:
– Então vamos combinar: eu
sou o purgante e o senhor, o
“efeito”dele.
***
A linguagemé a ciência da Co-
municação, seja qual for sua ver-
são do momento: verbal, escrita,
mímica, de cores, de cheiros, de
sons (que linguagem bonita, a
música), de imagens, etc.
A coisa muda de figura quando
aparecemos vícios.
O leitor já reparou como é enjo-
ativa a repetição de expressões
quemais parecem tábuas de sal-
vação de quem se contorce todo
para dizer algo?
Por que cargas d’água os prono-
mes EU e NÓS cederam lugar à
enfadonha expressão A GENTE?
Outros monstrengos costumam
enfear a fala dos desavisados.
Quandomenos se espera, lá vem
um“tá”, um“né”, ao lado do des-
gastado COMCERTEZA.
***
Outro dia ouvi um anônimo di-
zer na TV, em tom professoral:
“Não se usa mais “esse negócio”
de ponto e vírgula. É coisa do
passado...”
Temos aí um caso típico do
sapateiro querendo ultrapassar
os próprios limites, ou seja, as
chinelas.
Sómesmo um analfabeto fun-
cional para arriscar palpite assim
sempés nemcabeça.
Com que autoridade o simplório
teria dito aquilo?
Vamos dar-lhe um desconto:
sua cabeçadeve servir para tudo,
menos aprender português.
Resta-nos lamentar que assun-
tos de certa relevância, que de-
mandam cultura especializada,
virem peteca nas mãos de gente
despreparada, querendo presu-
mir de entendida.
O resultado, então, é aquele
anunciado desastre: um festival
de sandices.
atônita diante de tanta aberração.
O país precisa ser passado a
limpo, já, pois não é possível mais
conviver com tanta indignidade
política. A falta de perspectiva
de um futuro melhor, em curto
prazo, desestimula até mesmo as
novas gerações para quem a vida
é sempremais leve.
Chega de impunidade, chega
do jeitinho brasileiro. O país que
nós queremos é o que espelha
emsua bandeira as cores da ética,
da honradez e, acima de tudo, da
vontade de crescer com dignida-
de.
O país que nós merecemos é
o que valoriza a educação, que
investe na saúde e na segurança
pública, que motiva a força pro-
dutiva para que ela cresça con-
tinuamente. O Brasil dos nossos
sonhos não pode ser diferente do
simbolismo do verde e amarelo
e nem do azul, que brilha no céu
quase todos os dias mostrando
queavida só temsentidoquando
nos empurra para os desafios em
busca de soluções.
E é em nome dessa esperança
que, através da Ascipam, convo-
camos todos vocês, empreende-
dores e trabalhadores, a mante-
remvivoessepropósito. Acreditar
que o amanhã será melhor que
hoje é um dos caminhos para
nos mantermos no mercado. Tra-
balhar por isso, dentro de nossos
diferentes ramos de negócio, é a
outra saída já que a própria histó-
ria da humanidade conta que as
crises econômicas são cíclicas e
os sobreviventes se tornam mais
fortes.
Caros associados, nossa enti-
dade se estruturou em torno de
novos serviços e ações que estão
sendo disponibilizados a vocês
como ferramentas apropriadas
para a difícil travessia desse ano.
Juntos, seremos sempre mais, daí
nossa missão de representá-los
bem em todas as situações que
envolvama economia domunicí-
pio. Com empenho, força de von-
tade, muito trabalho e, acima de
tudo, fé emDeus, conseguiremos
vencer a crise.
JORNAL DAASCIPAM
é uma publicação da
Associação Empresarial de Pará de
Minas
Ano XX - Número 234
Fevereiro 2015
Presidente
Carlos Henrique de Souza
Vice-Presidente
Sandra Araújo
Diretor Administrativo
Evandro de Oliveira Silva
Diretor Financeiro
Eduardo de Almeida Leite
Diretor de Produtos e
Serviços
Sérgio RaimundoMarinho
Diretor Comercial/ Expansão
CláudioMárcio deMoura Cabral
Diretor de Eventos e
Comunicação
Paulo AugustoTeixeira Duarte
Diretor Social e Comunitário
Ênio Fonseca Amaral
DiretoriaAssistente
AlexandreMachado de Oliveira
Daniel Chaves Peixoto
Giovanni Rodrigo Diniz
José Dimar Mendes
Maria Cristina Aparecida de Almeida
NilsonMendes dos Santos
Silvana Aparecida Ferreira Araújo
Conselho Fiscal Efetivo
Mário Augusto Silveira Pinhão
Márcia Cecília de Araújo
Ronaldo Pinto CoelhoMendes
Suplentes Conselho Fiscal
HaroldoM. Faria Pinto
José Fernandes Guimarães
Milton Henriques Guimarães
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Redação
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Asmatérias assinadas são de inteira
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