A confirmação de três casos de coronavírus no Distrito de Tavares – mãe que contraiu a doença e passou para dois filhos adultos – atropelou a direção que o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus em Pará de Minas queria dar à flexibilização dos bares, restaurantes e lanchonetes.
Mas alguém logo perguntou – Qual a ligação do comércio da cidade com aquela comunidade? E a resposta veio em seguida – Normas e decretos municipais valem para toda a zona urbana e rural.
A partir do momento em que esses estabelecimentos receberem autorização para reabrir as portas, a medida prevalecerá em todas as comunidades pertencentes ao município. E, nesse momento, mais do que nunca Tavares precisa evitar qualquer tipo de aglomeração.
Mas o adiamento da flexibilização também teve outro motivo, que foi a falta de conclusão dos relatórios que serão apresentados ao Comitê pela Secretaria Municipal de Saúde.
O secretário Wagner Magesty esperava receber os dados de sua equipe técnica nesta semana, no entanto, o volume de serviço e o sobe e desce dos números diários que compõem o boletim da Covid-19 em Pará de Minas impediram isso. Ele assegurou que apresentará os números muito em breve e adiantou que o Comitê vai se reunir na semana que vem, para discutir esse e outros assuntos.
Já o procurador-jurídico do município, Hernando Fernandes da Silva, confirmou que tem recebido diversas solicitações para reabertura dos estabelecimentos e têm dito aos proprietários que precisa de um pouco mais de tempo para avaliar a situação.
Hernando Fernandes declarou ainda que na eventualidade de ocorrer uma flexibilização já na próxima semana, necessariamente ela não precisará ser conjunta, ou seja, o Comitê pode aprovar a reabertura somente dos bares/lanchonetes ou apenas dos restaurantes.
Segundo ele, tudo vai depender do relatório técnico sobre a realidade de Pará de Minas. “A retomada da economia vai acompanhar sempre o comportamento da população”, concluiu.