A Prefeitura de Pará de Minas convocou às pressas os representantes do Comitê Municipal de Prevenção à Covid-19, ontem à tarde (31/03), para uma votação rápida sobre a continuidade das normas do decreto municipal que trata da obediência à Onda Roxa no município.
A iniciativa foi tomada depois que o Governo de Minas confirmou a prorrogação, até 11 de abril, das medidas mais restritivas do Plano Minas Consciente. A única região que apresentou melhora em todos os indicadores relacionados à Covid foi o Triângulo do Norte (foto), avançando para a Onda Vermelha.
Como a Onda Roxa é impositiva, ou seja, apresenta restrições de cima para baixo, cabe aos municípios obediência às normas. Diante disso, foi que a Prefeitura de Pará de Minas consultou os representantes do Comitê sobre a publicação de novo decreto com o mesmo teor do que está em vigência.
Houve 95% de manifestações positivas. O voto vencido foi do presidente da Ascipam, Milton Henriques Guimarães, que pediu ao Comitê ponderação em relação ao comércio que está sacrificado demais.
Milton deixou claro que a prioridade é sempre a vida, mas reafirmou que o comércio não pode ser responsabilizado por algo que não fez. “Não existe aglomeração dentro das lojas, até porque o volume de vendas diminuiu bastante nos últimos meses, devido à falta de dinheiro do consumidor”.
Por isso ele defende que mesmo na Onda Roxa as lojas tenham o direito de, pelo menos, receber duplicatas e prestações na porta e/ou balcão de maneira segura, sem prejudicar o distanciamento social exigido no momento, já que as contas não param de chegar: aluguel, impostos, folha de salários na próxima semana e outras despesas.
Os ramais telefônicos da Ascipam estão congestionados nesses dias e quase a totalidade das ligações vem de comerciantes desesperados, em busca de uma luz no túnel. A entidade vai continuar sua luta em busca de soluções para os empresários.