Quatro anos depois de implantar um sistema permanente de fiscalização dos ambulantes que trabalham sem alvará, a Ascipam compartilha com seus associados a confirmação de que Pará de Minas se tornou a cidade da região onde o comércio clandestino mais perdeu força.
O reconhecimento vem de inúmeras entidades de classe de municípios vizinhos que, nesse momento de pandemia, estão enfrentando mais de perto o aumento considerável dos trabalhadores autônomos na concorrência desleal com o comércio varejista.
Os próprios ambulantes admitem que já chegam a Pará de Minas sabendo do rigor da fiscalização, mas tentam atuar na praça na expectativa de passar despercebidos aos olhares da inspeção.
A experiência e a disposição do fiscal Carlos Alberto da Silva, associada à importante parceria do Setor de Fiscalização da Prefeitura e da 19ª Cia da Polícia Militar, tem sido vital para o afastamento dos ambulantes que chegam de diversas regiões do país.
Tão logo eles são notados no centro ou nos bairros, Carlos Alberto se encarrega de informar que em Pará de Minas o comércio ambulante é proibido. Em caso de resistência as mercadorias são recolhidas. “Nosso interesse não é de confiscar os produtos, mas garantir que os donos deixem a praça. Somente em último caso é que eles perdem a mercadoria”, declarou.
Os ambulantes que mais procuram a cidade costumam trazer frutas da época, artigos de vestuário, calçados e móveis. Alguns são mais resistentes e chegam até a fazer ameaças veladas, na tentativa de inibir a fiscalização.
Recentemente houve o caso em que um deles atirou todos os produtos contra um fiscal, além de mostrar uma faca. Com a chegada da PM ele saiu correndo e se desvencilhou da arma, mas foi preso.
E a situação de gravidade vai além da concorrência desleal e do enfrentamento à fiscalização, já que foi apurado também que alguns dos clandestinos têm passagens pela polícia pelo envolvimento em tráfico de drogas e outros crimes.
Não fosse a fiscalização atuante a realidade seria bem mais complicada, daí o apelo da Ascipam para que os consumidores não comprem nada sem procedência e denunciem a presença dos ambulantes pelo telefone 37/ 99971 6066.