O setor siderúrgico nacional perdeu mais de 11 mil trabalhadores nos últimos doze meses e até o fim deste ano serão mais de 4 mil demissões, segundo projeção do Instituto Aço Brasil.
As perspectivas para o parque siderúrgico mineiro também não são nada animadoras, porque os cortes afetarão em cheio as empresas que respondem por 32% da produção nacional.
Por trás da retração do segmento está a queda na demanda dos maiores consumidores de aço no paÃs, que são a construção civil, as montadoras de veÃculos e a indústria de bens de capital.
Para reduzir o ritmo da produção, que está ficando encalhada nos pátios, as siderúrgicas estão adotando a estratégia de férias coletivas. Outras, no entanto, optaram pelo enxugamento do quadro de funcionários, como medida de sobrevivência.
Os reflexos da crise também aparecem em Pará de Minas e estão sendo acompanhados pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, que vê o momento com extrema cautela.
O mais novo levantamento mostra que, por aqui, o número de demissões só não aumentou devido ao nÃvel de solidez que as siderúrgicas conquistaram no municÃpio.
A antecipação de férias e algumas paradas estratégicas estão impedindo as demissões, o que serve de alento para a categoria. Ainda assim o sindicato está muito preocupado porque as ações governamentais não têm apresentado os resultados esperados.
Já antevendo um perÃodo ainda mais difÃcil a diretoria do sindicato está incentivando os metalúrgicos a se qualificarem mais, pois pode ser que encontrem vaga em outro segmento.
O oferecimento de bolsas sociais nos cursos de capacitação tem sido uma investida da entidade contra o momento de crise. Aos associados está sendo disponibilizado curso de informática básica, sem o qual ninguém consegue emprego hoje em dia.