Editorial
Comércio, uma vocação
Maria Auxiliadora Duarte
Diretora Assistente
Aliás, essa questão de “cara fechada” é muito interessante e pode até virar marca registrada de certos vendedores mal-avisados quanto à sua obrigação de bem tratar a freguesia. Outro fator que assegura um bom conceito ao comerciante é seu interesse em servir seu cliente no tocante à sua necessidade de adquirir este ou aquele bem. Assim, se o estabelecimento não dispuser do produto, o bom vendedor anota em sua agenda de pedidos o objeto solicitado e trata de adquirí-lo para futuro repasse ao cliente. Esse, certamente, ficará cativo desse gesto de gentileza e se sentirá valorizado como consumidor.
A todo o tempo o bom comerciante deve ter em mente o propósito de bem servir, lembrando-se de que o lucro, apesar de ser um lance lícito em toda atividade comercial, não é, em absoluto, uma etapa única e derradeira. Todo cliente gosta de progresso, evolução e renovação, mesmo os ferrenhamente conservadores. O visual de um estabelecimento deve passar por transformações inovadoras, capazes de criar situações novas, estratégias modernas e eficazes de venda e diversidade de produtos disponíveis.
Aqui em Pará de Minas, mais que em algumas cidades da região, temos assistido a essas mudanças: o visual de certas lojas não fica nada a dever às de grandes cidades, não apenas no aspecto moderno, no layout atraente, mas também na qualidade do estoque, suprindo as justas exigências ou conveniências da clientela. Para isso, é necessário prover o estabelecimento com variedade de produtos essenciais, nunca decepcionando o comprador, em qualquer circunstância.
O comércio é uma das atividades mais nobres exercida há milênios pelo homem; é uma vocação como outra qualquer e, como tal, deve ser praticada com respeito, dignidade, segundo criteriosos parâmetros que justifiquem toda sua magnitude.