Meu voto
Dumas Coutinho
Esta praça, remodelada pelo Prefeito José Gentil de Almeida, de fato modernizou o que já existia: ampliou-a pelo espaço da antiga e centenária matriz de Nossa Sra. da Piedade, sua decoração com mini-pedras, em combinação com outras usadas no interior da nova matriz, um detalhe singelo que encanta os olhos.
Nesta crônica, a praça, não aquela do Carlos Imperial, “a mesma praça, o mesmo banco...” tem outro encanto que é o sombreado. Aqui o contraste por um lado é mais praça, e por outro é mais bosque, por um lado sombra, por outro, sol exuberante e da parte do bosque lá estão dezenas de frondosas castanheiras que no inverno sapecadas pela baixa temperatura agasalham as cândidas taturanas que devoram suas polpudas folhas e ainda se atrevem ameaçar os transeuntes que transitam às suas sombras. As castanheiras, perfiladas se esgalham para lá e para cá, e inocentemente ofuscam a paisagem à sua frente, como asas de corujas se aquecendo ao sol.
Por mim, nada tenho contra as castanheiras, alimento das taturanas, mas acontece que na sua mansidão e sombra refrescante, ofusca outra preciosidade para quem chega na praça e quem fica prejudicado é a imagem do Santuário de N. Sra. da Piedade. Aqui nasce uma polêmica implacável: cortar ou não cortar as frondosas castanheiras com suas famigeradas taturanas, em seu lugar arbustos de pequeno porte, ou replantá-las do lado oposto, liberando a paisagem da praça para a vista do santuário por inteiro.
Desta forma, para quem chega na praça, uma surpresa, para quem sai da praça, uma magnífica, uma doce lembrança para o visitante. O político que realizar esta reforma da Praça Padre José Pereira Coelho, por terá, por certo, o meu voto e as bençãos de N. Sra. Da Piedade.