Editorial

Por um imposto mais justo e transparente




Ralph Luiz Perrupato
Diretor Comercial/ Expansão
Somos um país que ainda depende de muito investimento em infra-estrutura para termos condições de crescer ou, pelo menos, vivermos com mais dignidade. Precisamos de mais segurança, mais saúde, mais saneamento, educação e bons serviços de transporte, com estradas, aeroportos, ferrovias e portos que atendam às expectativas de nosso povo. Não só na segurança em seus deslocamentos, mas também com o objetivo de baixar os custos de transporte e melhorar a logística necessária para colocar nossas empresas em condições de competitividade no mercado mundial.

Para isso é preciso bastante dinheiro, que vem do bolso de cada um de nós na forma de impostos. Portanto, não temos como fugir dos impostos se quisermos fazer parte de uma nação moderna e com boas perspectivas para nossos filhos. Podemos sim escolher a melhor forma de pagar esses impostos de maneira justa e transparente. Na minha modesta opinião, a antiga CPMF era um imposto que atendia melhor a esses requisitos se comparado aos outros impostos. Pela complexidade no seu entendimento, esses impostos necessitam de um alto custo de fiscalização e acabam dando margem à sonegação. Uma grande parcela da população acaba ficando sem contribuir com as obrigações de cidadão e penalizando aqueles contribuintes que têm consciência de cidadania, coletivismo e se preocupam com as gerações futuras. Os altos encargos sociais inibem a oferta de emprego e deixam grande parcela da sociedade sem acesso a qualquer tipo de renda. Outros com baixos salários e outros tantos na informalidade, resultando num país com um dos menores índices de distribuição de renda.

Muitos atacavam a CPMF por ser um imposto em cascata, o que poderia ser resolvido dando-nos condições de compensar com outros impostos federais. Aqueles que não pagam nenhum imposto teriam que engolir a CPMF. Quem são eles? Traficantes, ladrões, sonegadores e os que estão na informalidade.

Um Feliz 2008 a todos!
Janeiro 2008